O diabetes atinge todo o organismo e no olho provoca a retinopatia diabética, que são alterações que podem levar a cegueira por lesão da retina. Oitenta por cento dos diabéticos com mais de 25 anos de doença a possuem, sendo responsável por 4,8% dos casos de cegueira irreversível. Altos níveis de açúcar no sangue lesam os vasos da retina, causando hemorragias, depósitos de gordura, edema e isquemia (figura 1). Grandes hemorragias e descolamento da retina com perda visual pode acontecer.
Inicialmente não provoca sintomas, mas quando atinge a área central da retina (mácula) há baixa de visão significativa.
O acompanhamento médico oftalmológico deve ser anual. As grávidas diabéticas devem ter maior atenção no primeiro trimestre porque a retinopatia pode avançar a partir desta época. A angiografia fluoresceínica é um exame que ajuda no diagnóstico e acompanhamento da retinopatia e consiste de fotografia do fundo do olho em momentos distintos com injeção de contraste na veia.
O melhor tratamento é a prevenção, controlando a glicemia e diagnosticando precocemente. O LASER e medicações intraoculares podem ser indicados com objetivo de prevenir maior perda de visão. Alguns casos necessitam de cirurgia.